Através de uma equipe multidisciplinar, faça um estudo no local onde será a construção, a partir de:
- mapeamento da vegetação e corpos hídricos;
- tipologia das edificações no entorno e fontes de ruídos;
- levantamento topográfico e análise geotécnica.
Para o início do projeto, é necessário também, verificar a orientação solar e dos ventos, para melhor arranjo espacial e conforto ambiental, além de outras condicionantes.
. Leis e Normas
Talvez não fosse necessário incluir este tópico, mas é sempre bom enfatizar.
As legislações municipais, estaduais e federais estão disponíveis para reger a qualidade das construções nas cidades. Existem diversas leis e normas ambientais, que visam proteger o meio ambiente, e por consequência, o nosso futuro.
Há também a norma de acessibilidade, as instruções técnicas do corpo de bombeiros, código de posturas e norma de desempenho.
Todas essas diretrizes desenvolvidas por diversos órgãos, estão correlacionadas a sustentabilidade das edificações.
. Uso Racional dos Materiais
Um bom gerenciamento de projetos e obra pode refletir em uma execução mais rápida e limpa.
Os materiais de estrutura, vedações internas e externa, revestimentos e detalhes arquitetônicos, devem ser especificados priorizando o desempenho ambiental das edificações, fornecedores e matéria prima da região, e o menor desperdício
Isto é, utilização de materiais sustentáveis e reciclagem das sobras ou materiais que dão suporte a construção.
. Eficiência Energética e Hídrica
Maior desempenho e menor impacto.
Eficiência trata-se disso, com um planejamento desde a montagem da obra até ao final da execução, com o uso racional de energia e água, ou seja, mínimo de gasto energético sem comprometer o conforto.
Solicitando estudos e análises climáticas, verificando soluções tecnológicas, ou mesmo artesanais, que auxiliem o funcionamento de todo o processo. Abaixo alguns dos princípios que norteiam os projetos de arquiteturas sustentáveis:
. Construção limpa: redução no consumo de energia, de água e geração de poluentes no processo produtivo e de distribuição; potencial de reciclagem ou de reuso dos resíduos e embalagens do material;
origem da matéria-prima, seu processo de extração ou reciclagem; e geração de resíduos na aplicação e instalação de materiais.
. Paisagismo: cobertura verde, áreas permeáveis com jardins, jardins verticais, etc.
. Uso de materiais termoacústicos contra ruídos e controle de calor.
. Reaproveitamento da água da chuva: para irrigação, vasos sanitários, limpeza externa, etc.
. Reuso de águas cinza: provenientes do banho, lava roupas e torneiras, com tratamento reutilização.
. Painéis fotovoltaicos: para geração de energia limpa.
. Aquecimento solar: uso tem torneiras e chuveiro.
- Telhado verde e paredes feitas com garrafas plásticas reaproveitadas. - Construção com madeira autoclavada de reflorestamento e isolamento térmico. - Madeira natural, ardósia ferrugem e madeira de cruzeta de poste e trams de bambu.
. Viabilidade Econômica e Ciclo de Vida
Neste caso, um estudo da região, terreno e condições de construções devem ser analisados, para que o projeto tenha um resultado que possa agregar valor a toda a comunidade e busque a redução de custos e manutenção ao máximo
. Educação e Conscientização
Este tópico talvez seja o mais importante.
A conscientização de todos os envolvidos sobre o conceito e a prática da sustentabilidade, desde a equipe de obra, passando pela equipe de projetos, até aos moradores e comunidade no entorno. Promover a educação ambiental, visando qualidade de vida, desenvolvimento social e cultural.
Existe um tabu a ser quebrado quanto ao custo para atender todos esses critérios.
Se pensarmos que um edifício sustentável terá um bom retorno para o investidor, morador e meio ambiente, a curto, médio e longo prazo, logicamente os recursos a serem investidos serão um pouco maiores, mas se analisarmos bem, essas construções, se bem projetadas, terão retorno sobre investimento muito maior do que o montante inicial.
Além disso, é possível implantar estratégias que dispensam soluções caras ou pelo menos, que possam ser executadas com alguns desses conceitos.
A conscientização será o fator impulsionador da mudança na forma de projetar e ver a cidade, são atitudes que vão além do profissionalismo, mas sim, da preocupação em construir projetos melhores, cidades melhores. CONSCIENTIZE-SE!